O amarelar das folhas das árvores, característico do Outono, que começa hoje, segunda-feira, poderá atrasar por causa das alterações climáticas e do aumento da temperatura. O aquecimento do planeta pode estender a época seca.
"As espécies que dependem de fenómenos climáticos para começar uma nova fase do ciclo de vida poderão atrasar ou adiar essa fase por causa das alterações climáticas", explica à agência Lusa Maria João Cruz, especialista em fenologia (estuda fenómenos periódicos dos seres vivos, como a floração ou a maturação dos frutos).
A também investigadora na área das alterações climáticas defende que o aquecimento do planeta pode fazer com que a época seca se estenda até ao início do Outono e que os charcos e ribeiras demorem mais a encher, com implicações para a agricultura, pastorícia e vida selvagem. Segundo a especialista, ainda não existem estudos em Portugal sobre as consequências do aquecimento na fauna e na flora, mas noutros países, como Inglaterra, existem registos com mais de 50 anos sobre aquelas mudanças e a sua relação com as alterações climáticas. "Algumas espécies podem desaparecer por causa das alterações climáticas e outras sofrer uma alteração nas fases do seu ciclo de vida, antecedendo, por exemplo, o período de floração ou reprodução", refere Maria João.
Os anfíbios, inactivos no Verão por causa do calor, podem atrasar o seu arranque de actividade, que devia ser em Outubro e agora poderá ser só em Novembro, exemplifica a especialista. "Em Portugal pode acontecer que os morcegos não entrem na hibernação porque, devido às altas temperaturas, ainda têm condições para se manter em actividade", diz.
Mas a descida da temperatura que caracteriza o Outono não acontece sempre da mesma forma ou na mesma altura: "Há uma variabilidade climática que é natural. Há anos mais quentes ou frios do que outros, é uma variabilidade intrínseca ao sistema climático", explica à Lusa Filipe Duarte Santos, especialista em alterações climáticas.
Mas esta variabilidade é, no entanto, "diferente do fenómeno das alterações climáticas ou do aumento da temperatura média e da maior frequência de fenómenos climáticos extremos, como secas ou fortes chuvas", compara aquele especialista.
"As espécies que dependem de fenómenos climáticos para começar uma nova fase do ciclo de vida poderão atrasar ou adiar essa fase por causa das alterações climáticas", explica à agência Lusa Maria João Cruz, especialista em fenologia (estuda fenómenos periódicos dos seres vivos, como a floração ou a maturação dos frutos).
A também investigadora na área das alterações climáticas defende que o aquecimento do planeta pode fazer com que a época seca se estenda até ao início do Outono e que os charcos e ribeiras demorem mais a encher, com implicações para a agricultura, pastorícia e vida selvagem. Segundo a especialista, ainda não existem estudos em Portugal sobre as consequências do aquecimento na fauna e na flora, mas noutros países, como Inglaterra, existem registos com mais de 50 anos sobre aquelas mudanças e a sua relação com as alterações climáticas. "Algumas espécies podem desaparecer por causa das alterações climáticas e outras sofrer uma alteração nas fases do seu ciclo de vida, antecedendo, por exemplo, o período de floração ou reprodução", refere Maria João.
Os anfíbios, inactivos no Verão por causa do calor, podem atrasar o seu arranque de actividade, que devia ser em Outubro e agora poderá ser só em Novembro, exemplifica a especialista. "Em Portugal pode acontecer que os morcegos não entrem na hibernação porque, devido às altas temperaturas, ainda têm condições para se manter em actividade", diz.
Mas a descida da temperatura que caracteriza o Outono não acontece sempre da mesma forma ou na mesma altura: "Há uma variabilidade climática que é natural. Há anos mais quentes ou frios do que outros, é uma variabilidade intrínseca ao sistema climático", explica à Lusa Filipe Duarte Santos, especialista em alterações climáticas.
Mas esta variabilidade é, no entanto, "diferente do fenómeno das alterações climáticas ou do aumento da temperatura média e da maior frequência de fenómenos climáticos extremos, como secas ou fortes chuvas", compara aquele especialista.
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